Classe será a mais numerosa nas regatas de oceano programadas para os dois próximos finais de semana no Yacht Club de Ilhabela
Além de levar à raia barcos cada vez mais bem preparados e velozes, a classe RGS geralmente proporciona aos campeonatos de vela oceânica o maior número de inscritos, encorpando a flotilha e acirrando a competitividade. A RGS também é maioria na Copa Suzuki Jimny que retorna ao Yacht Club de Ilhabela nos dois próximos finais de semana (31/8, 1º, 7 e 8/9), com destaque para o veleiro Jazz, líder isolado na RGS A.
O Jazz, um Malbec de 36 pés, tem sede em Ilhabela e vem dominando os adversários da classe desde o início da Copa. Obteve a incontestável marca de oito vitórias em 11 regatas disputadas na primeira e segunda etapas, também em Ilhabela. Perdeu apenas oito pontos e o rival mais próximo é o Inaê/Transbrasa, com 21, ou seja, a uma distância de 13 pontos. Em terceiro está o Urca/BL3, com 24.
"Cada etapa é uma disputa diferente. Queremos ganhar o campeonato, mas não apenas isso. A tripulação do Inaê acertou o barco e está evoluindo, o Fram tem sido constante e o BL3 está velejando muito bem. Não podemos desprezar nenhum dos adversários porque tem muita gente boa nos nossos calcanhares", analisa a comandante do Jazz, Valéria Ravani, que está colhendo na Copa Suzuki Jimny os resultados da preparação do veleiro para a Rolex Ilhabela Sailing Week.
"No primeiro semestre nos dedicamos para deixar o barco pronto para correr. Reformamos o caso, instalamos velas novas e fomos bem sucedidos. Ficamos com o vice na nossa classe na Rolex Ilhabela Sailing Week. Só perdemos para o pessoal da Marinha (Quiricomba) e veja que somos amadores", enaltece Valéria, orgulhosa do trabalho realizado pelos seus oito tripulantes.
Espírito da America’s Cup na Ilha - Fã e torcedora da vela, a comandante pretende levar para Ilhabela toda a inspiração adquirida na costa oeste dos Estados Unidos, onde acompanhou a final da Louis Vuitton Cup entre o neozelandês Emirates e o italiano Prada. "Os Kiwis (neozelandeses) são espetaculares! Foi incrível ver de perto os catamarãs decolarem a 70 km/h quando os hidrofólios (inclinação na base da bolina) são acionados. Mas velejar é mais do que tecnologia. Se os Kiwis ganharem do Oracle, pelo que ouvi devem voltar os monocascos na próxima America’s Cup". O time neozelandês marcou 7 a 1 sobre os italianos e duelam contra os defensores da Taça de Prata, os americanos do Oracle, a partir de 7 de setembro.
Recém-chegada de São Francisco, onde aproveitou uma breve folga no trabalho que desenvolve na indústria farmacêutica, Valéria já estava com saudades de Ilhabela, onde faz questão de exercer sua tarefa também fora da água. "A Ilha é a nossa casa, e nós, como velejadores, temos de marcar presença diante das questões ambientais. É fundamental preservar o Bonete, a praia de Castelhanos e outras áreas. A riqueza de Ilhabela é a natureza. A gente que desfruta sabe a importância da preservação".
Nas demais divisões da classe, a tendência é de que a briga pelo título se estenda até quarta etapa, no mês de dezembro. Na RGS B, Suduca e Asbar II somam 11 pontos perdidos com cinco vitórias cada em 11 regatas. Kanibal, com 28, é o terceiro colocado. Na RGS C, os veleiros Rainha e Ariel têm partido para um match race com vantagem para o Rainha: 8 a 14. A Cruiser é mais equilibrada com três barcos em condições de igualdade. Boccalupo, com 11 pontos, venceu cinco regatas, contra três vitórias de Cocoon e Brazuca que somam 14 e 17 pontos, respectivamente.
A Copa Suzuki Jimny/XIII Circuito Ilhabela de Vela Oceânica é organizada pelo Yacht Club de Ilhabela, com patrocínio master da Suzuki Veículos e co-patrocínio da SER Glass. Os apoiadores são: Prefeitura Municipal de Ilhabela, Brancante Seguros, e Delegacia da Capitania dos Portos em São Sebastião.
foto: Aline Bassi