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Manter o padrão de qualidade, desafio da Rolex Ilhabela Sailing Week para 2014‏

Organização anuncia 41ª edição entre os dias 19 e 26 de julho, para que regatas sejam disputadas depois da Copa do Mundo

(no final da matéria, veja as fotos da premiação)

foto: Rolex | Carlo Borlenghi
A credibilidade adquirida pelo maior evento da vela oceânica da América Latina transformou as regatas disputadas anualmente no litoral norte em Rolex Ilhabela Sailing Week e a responsabilidade dos organizadores ficou ainda maior. A evolução exige esforço redobrado para que o evento atinja a expectativa dos participantes. Neste ano, 134 barcos inscritos trouxeram mais de mil velejadores ao Yacht Club de Ilhabela. A atual preocupação está nitidamente voltada para a qualidade. 

"Tecnicamente já atingimos um padrão internacional. Agora o maior desafio é de mantermos esse padrão para continuarmos atraindo as tripulações dos outros países e também de outros estados brasileiros", desejou o diretor de Vela do Yacht Club de Ilhabela, Carlos Eduardo Souza e Silva, o Kalu, comandante do tradicional veleiro Orson. Além dos sempre assíduos paulistas, Ilhabela atraiu velejadores de Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro, Brasília, Minas Gerais e Bahia. De fora do País vieram britânicos, porto-riquenhos, norte-americanos, argentinos, uruguaios, austríacos e portugueses. 

A 40ª Edição da Rolex Ilhabela Sailing Week ganhou um brilho especial com a inclusão da classe Star, pela primeira vez convidada. Medalhistas olímpicos e mundiais como Robert Scheidt, Bruno Prada, Lars Grael e Reinaldo Conrad, transformaram as regatas de Star em um desfile de campeões. "A intenção em trazer a classe para Ilhabela é de apoiar a campanha para que a Star volte ao calendário olímpico nos Jogos do Rio. Precisamos incentivar nossos velejadores pensando nos Jogos Pan-Americanos e nas Olimpíadas", alertou o comodoro do Yacht Club de Ilhabela, Marco Fanucchi.

A gestão de Fanucchi na comodoria encerra-se antes da próxima Rolex Ilhabela Sailing Week. Não é motivo para que o otimista dirigente deixe de acreditar em vida longa para o evento. "Eu deixo o cargo, mas o espírito de sempre permanece. Não tenho dúvidas de que a competição um dia será centenária", previu Fanucchi , analisando o que viveu durante a semana no clube. "O balanço é mais do que positivo. Estou muito feliz. Vi as pessoas velejando e se divertindo. Vamos nos reunir para uma avaliação precisa e a partir de agosto já pensamos em 2014. 

A evolução da classe C30 - Estreante na Rolex Ilhabela Sailing Week em 2012, com seis barcos inscritos, a classe C30 apresentou-se neste ano como a mais promissora entre os monotipos de oceano. A flotilha registrou um aumento de 50%, elevando para nove o número de embarcações na 40ª edição. A performance e a praticidade que o veleiro oferece aos tripulantes são os motivos que têm levado alguns velejadores a migrar para a classe.

"É um 30 pés que anda como se fosse um 40. O projetista, Horácio Carabelli, acertou em cheio. Outra vantagem, é poder retirar o barco da água em qualquer iate clube, o que reduz muito o custo de manutenção" destacou o velejador olímpico André Fonseca, o Bochecha, responsável técnico pela classe e tático do C30 Loyal, bicampeão em Ilhabela. 

Em breve, Bochecha deve assumir também o controle da produção dos veleiros, atualmente laminados no estaleiro de Guilherme Cará, em São José dos Campos. "Ainda estamos analisando a situação. Por enquanto estou ajudando na entrega de três ou quatro barcos, mas gosto muito do projeto, principalmente porque incentiva a produção nacional", afirmou o velejador. 

Classes que fizeram campeões em Ilhabela e que também projetaram uma evolução na vela oceânica, acabaram não se consolidando. "O ILC 30 andava bem, mas como os barcos não tinham a mesma medição, atingiam velocidades diferentes. O S40, apesar de ser ’one-design’, tem a dificuldade de importação e é difícil de se armazenar", relatou Bochecha, ratificando que o custo do C30 pode ser considerado "mais acessível" em relação aos barcos maiores. O mastro é um dos únicos componentes que precisa ser importado. 

Como a própria classe está zelando pela produção dos novos barcos, Bochecha espera que nos próximos meses sejam encomendados mais alguns modelos C30. Cada veleiro consome cerca de quatro meses para ser fabricado. A expectativa do responsável técnico é de que na Rolex Ilhabela Sailing Week de 2014, a classe receba entre 12 e 14 inscrições. As velas, que hoje permitem variações, também passarão a ser unificadas. 

O presidente da classe, Marcelo Massa, comandante do Loyal, acredita que a participação efetiva de Bochecha na coordenação, favorecerá o desenvolvimento. "Se nós conseguirmos quatro ou cinco novos barcos a cada ano, será ótimo. Muita gente da HPE está migrando para o C30. Tenho três tripulantes que fizeram essa opção. A HPE, com 10 anos, consegue levar 25 veleiros para a raia, o que é muito bom. Logo também alcançaremos essa condição. A classe já está consolidada", comemorou Massa, bicampeão da Rolex Ilhabela Sailing Week. 

"Ilhabela não é apenas a capital nacional da vela, mas também a capital do C30". A frase de Massa resume bem o projeto que tem como próximo objetivo a realização do Campeonato Brasileiro de 2014 no Litoral Norte. O Loyal e o Barracuda, destaques da Rolex Ilhabela Sailing Week, têm sede em Ilhabela. O segundo é comandado pelo secretário-geral da classe, Humberto Diniz. O velejador estima que até o final de 2014, 20 monotipos estarão competindo juntos. "Só aqui na Ilha já temos seis barcos e nos próximos meses virão mais dois. O custo atual é de cerca de 350 mil reais, um terço do valor de outros barcos de oceano, e deve baixar ainda mais. A manutenção pode ser feita com um quinto do que se gastaria com um veleiro maior e bastam seis tripulantes para velejar". 

Na noite do sábado, as tripulações vencedores das sete classes receberam seus troféus na sede da Yacht Club de Ilhabela. Esta edição fez uma homenagem ao veleiro Saga, primeiro e único barco brasileiro a vencer a Fastnet Race, considerada a mais clássica das regatas oceânicas, em 1973.

Premiação Especial

Sul-Americano da Classe ORC A
1º - V8 Nitro (Paulo Treu)

Sul-Americano da Classe ORC B
1º - Bachajo (ARG - Alejandro Menendez)

Campeonato Brasileiro da Classe C30 
1º - Loyal (Marcelo Massa)

Principal evento náutico esportivo da América Latina, a Rolex Ilhabela Sailing Week teve patrocínio titular da Rolex e patrocínios da Mitsubishi Motors e Bradesco Private. O evento teve apoio da Marinha do Brasil, Prefeitura Municipal de Ilhabela, Confederação Brasileira de Vela (CBVela), ABVO e das Classes ORC, HPE, C30, S40 e RGS, entre outros. A organização, sede e realização foram do Yacht Club de Ilhabela (YCI).

fonte: ZDL de Comunicação



40ª edição da Rolex Ilhabela Sailing Week define seus campeões‏

Maior evento náutico da América Latina contou com a participação de 134 barcos no Yacht Club de Ilhabela

(no final da matéria, veja fotos e os resultados finais)

foto: Rolex | Carlo Borlenghi
A Rolex Ilhabela Sailing Week definiu, neste sábado (13), todos os campeões da 40ª edição do maior evento de vela oceânica da América Latina, com destaque para o Loyal, na C30, e o Kiron III, na ORC Geral. A tradicional semana contou com a participação de 134 barcos e velejadores do Brasil e de países como Argentina, Áustria, Estados Unidos, Porto Rico, Reino Unido e Uruguai. No último dia de provas, os ventos, sempre de fraca intensidade, demoraram para entrar na raia e as regatas se tornaram ainda mais técnicas, exigindo muita perícia das tripulações em busca de qualquer rajada que pudesse dar velocidade aos barcos. 

Na promissora classe C30, o Loyal conquistou o bicampeonato com uma campanha exemplar: seis vitórias em nove regatas. Com apenas 11 pontos perdidos, o barco do comandante Marcelo Massa, ficou à frente do Katana/Energia (18 pontos) e do Caballo Loco (26), os três com direito ao pódio. O Loyal foi para a última batalha como amplo favorito ao título. Precisava de apenas um sétimo lugar em duas provas previstas. A Comissão de Regatas optou por cancelar a segunda devido à falta de vento. 

Na única disputa do dia, chegou na segunda colocação, atrás do Katana, e a tripulação pode comemorar a segunda conquista consecutiva em Ilhabela. "Temos de atribuir o título ao empenho de toda a tripulação, que está de parabéns. Treinamos o ano todo e na hora de competir soubemos velejar em todas as condições de vento. Essa regularidade mostra que os treinos deram resultado", avaliou André Fonseca, o Bochecha, tático do Loyal e velejador olímpico. 

Apesar do rendimento do barco campeão, o comandante Massa demonstra a necessidade de manter a tripulação afinada porque os adversários estão evoluindo. "As regatas de veleiros iguais, como os C30, proporcionam equilíbrio. Tivemos muito trabalho para vencer o Caballo Loco. A tripulação de Ubatuba mostra que está mais bem preparado a cada competição". 

A formatura dos catarinenses - Persistência, talento e amizade a bordo marcaram a conquista do Kiron III, do comandante Leonardo Guillermo Cal, na classe ORC Geral. A equipe do Iate Clube de Santa Catarina participa da Rolex Ilhabela Sailing Week desde 2007 e a edição 2013 coroou o trabalho dos velejadores, que tem o campeão pan-americano e mundial Matheus Dellagnelo como tático e timoneiro. O resultado coloca a equipe no hall dos grandes campeões da Semana de Vela. 

Os vencedores consideraram a vitória uma formatura a bordo. "Como médico, eu precisei de seis anos para pegar o diploma. Na vela, encaro a conquista em Ilhabela como um momento histórico para toda a equipe. Uma formatura no mar. A amizade entre os tripulantes nos levou ao título, pois quando chegamos aqui há sete anos ninguém sabia velejar direito e hoje somos campeões", enalteceu emocionado o cardiologista uruguaio Leonardo Guillermo Cal. O relógio Rolex, prêmio concedido aos comandantes campeões, ele promete não tirar do pulso. "Foi a maior vitória da carreira".

Leonardo Guillermo Cal completou: "A Rolex Ilhabela Sailing Week desse ano foi uma lição de vida. No primeiro dia, sem vento, a paciência deu o tom. Fomos aprovados nessas condições. Na sequência, a segunda regata foi disputada com muito vento e ondas grandes. Entrou a coragem. No fim, com a liderança, a tripulação do Kiron teve sabedoria e Inteligência para não colocar tudo a perder".

Os alunos do professor Leonardo Guillermo Cal passaram por escolas de Optimist em Santa Catarina. O maior talento é Matheus Dellagnelo. Com o ouro nos Jogos Pan-Americanos e no Mundial de Sunfish, além da campanha para 2016 na Laser, o atleta acumula experiência e talento para ser o tático do Kiron, uma das funções mais importantes dentro de um barco. A estratégia dele deu certo e a equipe venceu quatro das nove regatas disputadas. "Chegamos em Ilhabela sem saber como o barco se comportaria em todas as condições de vento. Mas o veleiro correspondeu, principalmente no vento forte. Erramos apenas uma manobra em todos as regatas do campeonato, provando que o entrosamento foi determinante".

Na classificação final da ORC Geral, o Kiron venceu com nove pontos de vantagem sobre o Angela Star, de Peter Siemens. A competição contou com 28 barcos. A equipe catarinense, que mede em ORC 650, também foi campeã nessa subdivisão. Na ORC 700, o primeiro colocado foi o Rocket Power, de Luiz Augusto Lopes.

Campeões da RGS, a maior flotilha - Na RGS, classe com a maior flotilha da Rolex Ilhabela Sailing Week, os campeões foram conhecidos no último dia de regatas. Na "A", o melhor foi o Quiricomba, barco tripulado por aspirantes da Marina do Brasil. O barco da Escola Naval superou o Jazz, de Valéria Ravani na última prova e os jovens oficiais puderam colocar mais esse título no currículo. "É uma tripulação talentosa e que tem a linguagem náutica no sangue. O time passa por uma renovação e o título nos dará ainda mais moral", comemorou o jovem comandante Arytan Silva. "Nossa tripulação é destaque da semana. Ganhamos as regatas dentro da água e as meninas de Ilhabela nas competições fora do mar".

Na RGS B, o Mandinga, de Jonas Penteado, venceu o campeonato, assim como o Rainha/Empresta Capital, de Leonardo Pacheco, na "C". O Jambock, de Marco Aleixo, levou a melhor na Cruiser. Na IRC, classe que fez sua estreia na Rolex Ilhabela Sailing Week, O Rudá, de Guilherme Hernandez, mesclou tripulantes caribenhos e brasileiros. A mistura resultou em título.

Ginga vence regata final, mesmo com título antecipado da HPE - A tripulação do Ginga, comandada por José Vicente, fechou com chave de ouro a HPE ao cruzar a linha na primeira colocação. na última regata do campeonato. A equipe, por ter vencido a Rolex Ilhabela Sailing Week com um dia de antecedência, nem precisava ir para a raia. A vantagem para o vice-campeão, Fit to Fly, de Eduardo Mangabeira, foi de 18 pontos, com seis vitórias em 10 regatas. 

A classe HPE mostrou força com 25 barcos na raia. Praticamente todas as equipes contaram pelo menos com um atleta profissional ou tripulante com experiência em regatas internacionais. Um dos exemplos é o segundo colocado Fit to Fly com o especialista em match race e integrante da nova geração da vela, Henrique Haddad, o "Gigante". Outro destaque foi o Relaxa Next/Caixa, de Roberto Mangabeira, quinto colocado com dois campeões mundiais e pan-americanos a bordo: Maurício Santa Cruz e Alexandre Saldanha. "A classe HPE tem muitos barcos, teoricamente iguais, atraindo os velejadores que não gostam de competir com a regra de tempo corrigido. Além disso, com vento, o monotipo é muito gostoso de se velejar graças ao balão assimétrico. Mas quando não tem vento fica difícil", analisou Alexandre ‘Spanto’ Saldanha. 

Mesmo as tripulações que não contavam com velejadores consagrados tiveram a chance de brigar de igual para igual com os chamados profissionais. "Conseguimos ser a melhor equipe amadora na disputa e o resultado deve ser comemorado. Velejar no meio de tanta gente boa e às vezes chegar na frente deles é gratificante", disse Fernando Haaland, que levou seu barco Repeteco ao sexto lugar na classificação geral da classe HPE. O velejador é presidente nacional da classe.

Fuchs à frente de Lars - Com os campeões antecipados Robert Scheidt e Bruno Prada fora da raia, a disputa do vice-campeonato monopolizou as atenções do sábado na classe Star. Marcelo Fuchs e Ronald Seifert venceram a última regata e asseguraram a medalha de prata. A dupla Lars Grael/Samuel Gonçalves chegou em segundo para complementar o pódio. Encerrada a Rolex Ilhabela Sailing Week, Lars e Samuel seguem treinando para o Mundial de Star, entre os 1º e 8 de setembro em San Diego, na Califórnia. Os tricampeões mundiais, Scheidt e Prada, projetam reatar a dupla para o Mundial de 2014, no Lago de Garda, "quintal de casa" em relação à atual residência de Scheidt, na Itália. 

A classe S40 também já estava definida desde a sexta-feira, com o título para o Crioula, comandado por Eduardo Plass, que foi para a raia e confirmou sua oitava vitória na competição, à frente do vice-campeão Carioca, de Roberto Martins. 

Principal evento náutico esportivo da América Latina, a Rolex Ilhabela Sailing Week teve patrocínio titular da Rolex e patrocínios da Mitsubishi Motors e Bradesco Private. O evento teve apoio da Marinha do Brasil, Prefeitura Municipal de Ilhabela, Confederação Brasileira de Vela (CBVela), ABVO e das Classes ORC, HPE, C30, S40 e RGS, entre outros. A organização, sede e realização foram do Yacht Club de Ilhabela (YCI).

Fonte: ZDL de Comunicação