Scheidt apoia equipe brasileira de vela no Mundial de Optimist‏

Já na Itália após a conquista do título da Rolex Ilhabela Sailing Week na Star, com Bruno Prada, Robert Scheidt aproveitou o Mundial de Optimist, realizado no "quintal de sua casa", no Lago di Garda, para relembrar o início da carreira na categoria. O velejador foi para a água e acompanhou a garotada da equipe brasileira de vela no dia da competição reservado à disputa por países.

Maior medalhista olímpico brasileiro, com cinco pódios, Scheidt conversou com a futura geração da vela na sexta-feira (19), e passou uma série de dicas sobre a competição. No domingo (21), dia final da disputa por países, acompanhou a equipe com seu barco da Laser, próximo ao percurso de regatas, para incentivar os atletas bem de perto. O Mundial de Optimist reúne 259 velejadores de mais de 58 países. O time brasileiro venceu três regatas, contra Polônia, Argentina e Chile. Perdeu duas, contra Singapura e Inglaterra, e alcançou o Top 5 da competição.

"Tivemos um barco e um atleta a mais na nossa equipe, já que o Robert Scheidt velejou praticamente conosco, mesmo de Laser, nas regatas contra a Argentina, a China e a Inglaterra. A presença dele na raia navegando ao lado das crianças foi fantástica", contou Jônatas Gonçalves, chefe da equipe brasileira no Mundial. "O resultado foi incrível, pois terminamos o evento com o sentimento de dever cumprido, e com a certeza de que tínhamos chances de vencer a Inglaterra e conquistar um lugar no pódio".

Scheidt também deixou o encontro satisfeito. "Foi um prazer ter contato com esta garotada que será o futuro da vela brasileira. Eles fizeram bonito no Mundial de Optimist. A regata contra a Inglaterra só escapou das mãos deles por detalhes", elogiou o velejador, que deve voltar ao Brasil no início de agosto para um período de treinos na Laser, no Rio de Janeiro.

Scheidt, patrocinado pelo Banco do Brasil, Prada e Rolex, voltou à Laser em setembro de 2012, com a saída da Star do programa olímpico, e acumulou uma série de conquistas: vitórias no Campeonato Italiano de Classes Olímpicas, o Brasileiro da categoria, seu 12º título nacional, a Semana Brasileira de Vela, em fevereiro, e a Laser Europa Cup, em março, além da medalha de prata na Semana de Kiel, em junho. O velejador tem ainda, na Laser, dez títulos mundiais na classe, um deles juvenil, além de três medalhas olímpicas (ouro em Atlanta/1996 e Atenas/2004, prata em Sydney/2000).


fonte: Local da Comunicação
foto: Divulgação

Mais de 150 embarcações participam da 40ª Semana Internacional de Vela de Monotipos de Ilhabela‏

Regatas acirradas, sol e ventos fortes foram o destaque da 40ª Semana Internacional de Vela de Monotipos de Ilhabela 2013, promovida pela Prefeitura de Ilhabela, por meio da Secretaria de Esportes, Lazer e Recreação entre os dias 19 e 21 de julho. O evento teve a participação de aproximadamente 150 embarcações, reunindo os melhores velejadores do país, como o medalhista olímpico Bruno Prada e o campeão mundial Jorge Zarif, que competiram pela classe Finn.

Outro destaque foi a classe Snipe, que contou com a participação de 14 embarcações, reunindo fortes duplas na raia ilhabelense. O título da competição ficou para a dupla do Yacht Club da Bahia, Mario Urban e Rafael Sapucaia, seguido dos ilhabelenses, Juninho de Jesus e Anderson Brandão e em terceiro lugar, José Vicente Monteiro e Ronyon de Oliveira, ambos do Grêmio de Vela de Ilhabela.

A classe oceânica Bico de Proa foi uma das atrações do evento. Por ser a primeira vez que a classe integra o evento, houve a participação de apenas três barcos, mas a tendência é que para a próxima edição a classe seja integrada definitivamente na programação do evento.

Em média foram realizadas sete regatas para todas as classes de monotipos, o que fortalece o evento e garante a competitividade entre os velejadores. “Mais uma vez o evento foi um sucesso, com a participação dos melhores velejadores do país, sol e vento durante os três dias do evento”, declarou o secretário de Esportes, Lazer e Recreação, Flávio César.

No final da tarde do domingo (21/7) foi a realizada a Cerimônia de Premiação do evento, que contou com a
participação do prefeito de Ilhabela, Toninho Colucci, do secretário de Esportes, Lazer e Recreação, Flávio César, do diretor Náutico, Sérgio do Valle, do secretário de Turismo, Harry Finger, do vereador Luiz Paladino, do experiente velejador Edmar Alves, e do comodoro do Pindá Iate Clube, José Godinho.

A 40ª Semana Internacional de Vela de Monotipos de Ilhabela “Mario de Sousa Oliveira” é promovida pela Prefeitura de Ilhabela por meio da Secretaria de Esportes, Lazer e Recreação e Diretoria Náutica e Secretaria de Turismo com apoio do Yacht Club de Ilhabela, Iate Clube de Santos, Pindá Iate Clube, Ação Absoluta Corretora de Seguros, Porto Seguro, Girardi, Restaurante Manjericão, Bartatas Restaurante, Rafael Turismo, Max Paladar, Pousada Refúgio da Harmonia, Montemar Turismo, Ilha Rústicos, Satsumaya e Restaurante Bon Apetit.

Confira os vencedores da 40ª Semana Internacional de Vela de Monotipos de Ilhabela 2013
Pela ordem: classe, colocação, atleta(s), clube

BYTE

1º - Silvaldo B. Tavares - Ventos e Velas

2º - Jefferson S. Bastos - Ventos e Velas

3º - Helio Matheus - EVI

LASER 4.7

1º - Jonatas S. Indio - Ventos e Velas

2º - Davi Monteiro - Ventos e Velas

3º - Gabriela Costa - Ventos e Velas

LASER RADIAL MASCULINO

1º - Anderson Dias - Paraty

LASER STANDARD

1º - Rafael Mendes Chaves - AVSS

2º - Maycon Freitas - Paraty

3º - Renan Lourenço - Paraty

SNIPE

1º - Mario Urban / Rafael Sapucaia - YCB

2º - Juninho de Jesus / Anderson Brandão - GVI

3º - Jose Vicente Monteiro / Ronyon S. de Oliveira - GVI

HOBIE CAT 14

1º - Julio de Só - BL3

2º - José G. C. Charles - BL3

HOBIE CAT 16

1º - Marcos Ferrari / Caroline Sylvestre - YCSA

2º - Felix Frey / Geisa Lyra - BL3

3º - Sergio Godoy / Denis Tassone - BL3

A CLASS

1º - Alberth Kunath - CCSP

2º - Marco Belda - CCSP

3º - Alex Welther - YCSA

TORNADO

1º - José Daudén / Luiz Molina - ICSC

2º - Tomas Hofmeister / Marcus Hofmeister - YCP

3º - Nelson Fiedler / Marina Fiedler - BL3

OPTIMIST PRINCIPIANTE

1º - Leonardo V. da Silva - Ventos e Velas

2º - Rafael P. da Silva - EVI

3º - Gustavo Godoy - EVI

4º - Gustavo H. dos Santos - EVI

5º - Gustavo M. de Souza - Ventos e Velas

6º - Luiz F. M. Godinho - EVI

7º - Leonardo H. M. dos Antos - EVI

8º - João P. Aesto - EVI

9º - Matheus L. Torres - EVI

10º - Giovanna Prado - YCP

OPTIMIST MIRIM

1º - Lars Kunath - CCSP

OPTIMIST INFANTIL

1º - Matheus Oliveira - EVIBruno

2º - Raphael Krunfli - Ventos e Velas

3º - Airon Juce - Ventos e Velas

OPTIMIST JUVENIL

1º - José A. M. Godinho - EVI

2º - Joshua Tavares - EVI

3º - Robson C. de Oliveira - Ventos e Velas

OPTIMIST FEMININO

1º - Olivia Belda - CCSP

2º - Mariana Arndt - EVI

3º - Giovanna Prada - YCP

OPTIMIST GERAL

1º - Matheus Oliveira - EVI

2º - Raphael Krunfli - Ventos e Velas

3º - Airon Juce - Ventos e Velas

DINGUE GERAL

1º - Victor Lira / Rafael Tafuri - EVI

2º - Juan C.F. Silva / Lais Corbal - Proj. Navegar Praia Grande

3º - Givago Pontes / Samoel de Souza - Ventos e Velas

DINGUE MISTO

1º - Juan C.F. Silva / Lais Corbal - Proj. Navegar Praia Grande

2º - Thiago L. de Santana / Isabela Alves - Proj. Navegar Praia Grande

3º - Matheus Passos / Ariella Sousa - GVI

HOLDER

1º - José Eugenio Pereira - Guarujá

2º - Matheus Santos - EVI

3º - Bruno Faustino - Ventos e Velas

OPEN BIC

1º - Vitor S. Fernandes - Proj. Navegar Praia Grande

2º - Lucca S. Pollonio - CCC

3º - Bruno Feliz - Proj. Navegar Praia Grande

FINN

1º - Jorge Zarif - YCSA

2º - Bruno Prada - YCP

WINDSURF SLALON - GERAL

1º - Matheus V. Arabato - BL3

2º - Luca Pascolatao - BL3

3º - Fernando Boccarelli - BL3

WINDSURF SLALON - MASTER

1º - Luca Pascolatao - BL3

2º - Dudu Mazzocato - Ilhabela

3º - Carlos A. Isaac - BL3

WINDSURF SLALON - FEMININO

1º - Silvia Deldebbio - BL3

2º - Corina b. Bremer - BL3

WINDSURF SLALON - JUNIOR

1º - Eduardo Sá


fonte: Ass. Comunicação PMI
fotos: Luis Daniel | PMI



Equipe BMW Motorrad vence a 40ª Semana Internacional de Vela de Monotipos de Ilhabela‏ na Classe Hobbie Cat 16

A dupla da BMW Motorrad formada por Marcos Ferrari e Caroline Sylvestre mostra que está afiada para o Campeonato Brasileiro de Hobie Cat, principal objetivo da temporada. Em 15 dias, os dois venceram o Campeonato Português de Hobie Cat e F18, em Cascais, com 100% de aproveitamento, e a Semana Internacional de Vela de Monotipos de Ilhabela, que terminou neste domingo (21). No litoral paulista, foram quatro vitórias em sete regatas.

A Semana de Vela de Monotipos teve dias de competição, com disputas sob ventos fortes que chegaram a ultrapassar 20 nós de velocidade (xxx por hora), na raia próxima à Ponta das Canas, no norte de Ilhabela. "Ilhabela mostrou porque é conhecida como a Capital da Vela! É uma raia extremamente técnica, que exige dos velejadores atenção extrema com as variáveis de vento e correnteza", destacou Marcos Ferrari.

Para os velejadores, a disputa não ficou devendo nada aos últimos eventos europeus dos quais participaram. "Ao contrário, tivemos ventos fortes, sol, calor, e ainda por cima competimos em casa. Não há nada melhor que isso", comemorou Caroline. Além da competição em Portugal, a dupla também ficou no Top 10 da Semana de Kiel, na Alemanha, em junho.

"Dedicamos este título à Priscila Ralisch navegadora oficial da equipe e idealizadora do projeto, que se recupera de uma cirurgia nos ligamentos do joelho, devido à uma lesão ocorrida durante treinamentos físicos, e está se esforçando obstinadamente para retornar ao esporte", lembrou Ferrari.

Marcos Ferrari e Caroline Sylvestre, que, por meio da Lei Paulista de Incentivo ao Esporte, contam com o patrocínio da BMW Motorrad e o apoio de OAKLEY, GARMIN, Tecelagem Santa Constância e Companhia Athlética, embarcam para as Ilhas Fiji nesta sexta-feira (27). Os dois serão os primeiros brasileiros a disputar o Fiji Challenge, em agosto, válido também pelo Campeonato da Oceania. A sequência forte de competições faz parte da preparação da dupla para o Campeonato Brasileiro de Hobie Cat 16, que será disputado entre 09 e 16 de novembro, na BL-3 da Praia da Armação, em Ilhabela.

Resultados da Classe Hobbie Cat 16 na 40ª Semana Internacional de Vela de Monotipos

1- Marcos Ferrari e Caroline Sylvestre - 8 pontos perdidos (1+[2]+1+2+1+1+2)
2- Felix V. Frey e Geisa L. de Lira - 10 pp (3+1+[5]+1+2+1)
3- Sergio Godoy e Denis Tassone - 17 pp (2+3+2+4+[11]+3+3)
4- Claudio L. Teixeira e Amanda Teixeira - 22 pp (4+4+3+3+[11]+4+4)
5- Drausio Morganti e Adriana Overgoor - 33 pp - ([11]+11+4+5+3+5+5)

Marcos Ferrari

O velejador fez parte da Equipe Olímpica Brasileira na classe 49er em dois ciclos. Fora da água, Ferrari também é um divulgador da vela em emissoras de TV como ESPN Brasil.


fonte: Local da Comunicação
fotos: Divulgação


40ª Semana Internacional de Vela de Monotipos começa nesta sexta-feira (19) em Ilhabela

Tem início nesta sexta-feira (19/7) a tradicional Semana Internacional de Vela de Monotipos de Ilhabela “Mario de Sousa Oliveira”, que está na sua 40ª edição e será realizada até 21 de julho. A classe oceânica Bico de Proa é a grande novidade do evento, que promete agitar a cidade neste fim de semana. Com embarcações maiores e velejadores mais experientes, os veleiros Bico de Proa voltam a disputar competições no mês da Semana de Vela de Ilhabela, movimentando praticamente todas as classes.

Além dela, fazem parte do evento as classes de monotipos: Star, Laser Standart, Laser Radial Feminino, Laser 4.7, Laser Radial Masculino, Lightning, Snipe, Hobie Cat 16, Optimist, Holder, 420, Byte, Day Sailer, Fórmula Windsurf, Fórmula One Design, Kitesurf, Tornado, Nacra 20, Dingue, Hobie Cat 14, Escaler, Open Bic, A-Class e Windsurf Slalon.

A programação do evento tem início na sexta-feira (19/7), das 9h às 11h, quando será feita a recepção e inscrições para o evento. A partir das 11h, começa a Reunião dos Comandantes, sendo que em seguida, às 11h30, haverá a Cerimônia de Abertura. A partir das 13h começam as regatas do dia.

No sábado (20/7), as regatas têm início ao meio-dia. Já no domingo (21/7), último dia do evento, as regatas começam às 11h e, em seguida, a Cerimônia de Encerramento e Premiação, no local do evento. Vale ressaltar que após todas as regatas haverá a tradicional Canoa de Cerveja e Refrigerantes para os participantes. “A Semana Internacional de Vela já foi um sucesso com as classes oceânicas e agora receberemos os velejadores dos monotipos, estimulando principalmente a participação de nossas crianças e jovens. O evento é importante não só para o esporte, como também para a economia da cidade”, ressalta o prefeito Toninho Colucci. “Mais uma vez esperamos uma grande festa da vela em Ilhabela. Vale ressaltar a importância deste evento para a formação e descobrimento de novos talentos da modalidade”, completa o secretário de Esportes, Lazer e Recreação, Flávio César.

A 40ª Semana Internacional de Vela de Monotipos de Ilhabela “Mario de Sousa Oliveira” é promovida pela Prefeitura de Ilhabela, por meio da Secretaria de Esportes, Lazer e Recreação e Diretoria Náutica e Secretaria de Turismo com apoio do Yacht Club de Ilhabela, Iate Clube de Santos, Pindá Iate Clube, Ação Absoluta Corretora de Seguros, Porto Seguro, Girardi, Restaurante Manjericão, Bartatas Restaurante, Rafael Turismo, Max Paladar, Pousada Refúgio da Harmonia, Montemar Turismo e Restaurante Bon Apetit. O nome é uma homenagem a um dos idealizadores do evento no arquipélago. Durante os dias da Semana de Vela, a opção cultural é aproveitar o 1º Festival de Jazz de Ilhabela, que será realizado de quinta a sábado (18 a 20 de julho), sempre a partir das 19h, na Vila.


Fonte: Ass. Comunicação PMI 
Foto: Silas Azocar | PMI


Manter o padrão de qualidade, desafio da Rolex Ilhabela Sailing Week para 2014‏

Organização anuncia 41ª edição entre os dias 19 e 26 de julho, para que regatas sejam disputadas depois da Copa do Mundo

(no final da matéria, veja as fotos da premiação)

foto: Rolex | Carlo Borlenghi
A credibilidade adquirida pelo maior evento da vela oceânica da América Latina transformou as regatas disputadas anualmente no litoral norte em Rolex Ilhabela Sailing Week e a responsabilidade dos organizadores ficou ainda maior. A evolução exige esforço redobrado para que o evento atinja a expectativa dos participantes. Neste ano, 134 barcos inscritos trouxeram mais de mil velejadores ao Yacht Club de Ilhabela. A atual preocupação está nitidamente voltada para a qualidade. 

"Tecnicamente já atingimos um padrão internacional. Agora o maior desafio é de mantermos esse padrão para continuarmos atraindo as tripulações dos outros países e também de outros estados brasileiros", desejou o diretor de Vela do Yacht Club de Ilhabela, Carlos Eduardo Souza e Silva, o Kalu, comandante do tradicional veleiro Orson. Além dos sempre assíduos paulistas, Ilhabela atraiu velejadores de Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro, Brasília, Minas Gerais e Bahia. De fora do País vieram britânicos, porto-riquenhos, norte-americanos, argentinos, uruguaios, austríacos e portugueses. 

A 40ª Edição da Rolex Ilhabela Sailing Week ganhou um brilho especial com a inclusão da classe Star, pela primeira vez convidada. Medalhistas olímpicos e mundiais como Robert Scheidt, Bruno Prada, Lars Grael e Reinaldo Conrad, transformaram as regatas de Star em um desfile de campeões. "A intenção em trazer a classe para Ilhabela é de apoiar a campanha para que a Star volte ao calendário olímpico nos Jogos do Rio. Precisamos incentivar nossos velejadores pensando nos Jogos Pan-Americanos e nas Olimpíadas", alertou o comodoro do Yacht Club de Ilhabela, Marco Fanucchi.

A gestão de Fanucchi na comodoria encerra-se antes da próxima Rolex Ilhabela Sailing Week. Não é motivo para que o otimista dirigente deixe de acreditar em vida longa para o evento. "Eu deixo o cargo, mas o espírito de sempre permanece. Não tenho dúvidas de que a competição um dia será centenária", previu Fanucchi , analisando o que viveu durante a semana no clube. "O balanço é mais do que positivo. Estou muito feliz. Vi as pessoas velejando e se divertindo. Vamos nos reunir para uma avaliação precisa e a partir de agosto já pensamos em 2014. 

A evolução da classe C30 - Estreante na Rolex Ilhabela Sailing Week em 2012, com seis barcos inscritos, a classe C30 apresentou-se neste ano como a mais promissora entre os monotipos de oceano. A flotilha registrou um aumento de 50%, elevando para nove o número de embarcações na 40ª edição. A performance e a praticidade que o veleiro oferece aos tripulantes são os motivos que têm levado alguns velejadores a migrar para a classe.

"É um 30 pés que anda como se fosse um 40. O projetista, Horácio Carabelli, acertou em cheio. Outra vantagem, é poder retirar o barco da água em qualquer iate clube, o que reduz muito o custo de manutenção" destacou o velejador olímpico André Fonseca, o Bochecha, responsável técnico pela classe e tático do C30 Loyal, bicampeão em Ilhabela. 

Em breve, Bochecha deve assumir também o controle da produção dos veleiros, atualmente laminados no estaleiro de Guilherme Cará, em São José dos Campos. "Ainda estamos analisando a situação. Por enquanto estou ajudando na entrega de três ou quatro barcos, mas gosto muito do projeto, principalmente porque incentiva a produção nacional", afirmou o velejador. 

Classes que fizeram campeões em Ilhabela e que também projetaram uma evolução na vela oceânica, acabaram não se consolidando. "O ILC 30 andava bem, mas como os barcos não tinham a mesma medição, atingiam velocidades diferentes. O S40, apesar de ser ’one-design’, tem a dificuldade de importação e é difícil de se armazenar", relatou Bochecha, ratificando que o custo do C30 pode ser considerado "mais acessível" em relação aos barcos maiores. O mastro é um dos únicos componentes que precisa ser importado. 

Como a própria classe está zelando pela produção dos novos barcos, Bochecha espera que nos próximos meses sejam encomendados mais alguns modelos C30. Cada veleiro consome cerca de quatro meses para ser fabricado. A expectativa do responsável técnico é de que na Rolex Ilhabela Sailing Week de 2014, a classe receba entre 12 e 14 inscrições. As velas, que hoje permitem variações, também passarão a ser unificadas. 

O presidente da classe, Marcelo Massa, comandante do Loyal, acredita que a participação efetiva de Bochecha na coordenação, favorecerá o desenvolvimento. "Se nós conseguirmos quatro ou cinco novos barcos a cada ano, será ótimo. Muita gente da HPE está migrando para o C30. Tenho três tripulantes que fizeram essa opção. A HPE, com 10 anos, consegue levar 25 veleiros para a raia, o que é muito bom. Logo também alcançaremos essa condição. A classe já está consolidada", comemorou Massa, bicampeão da Rolex Ilhabela Sailing Week. 

"Ilhabela não é apenas a capital nacional da vela, mas também a capital do C30". A frase de Massa resume bem o projeto que tem como próximo objetivo a realização do Campeonato Brasileiro de 2014 no Litoral Norte. O Loyal e o Barracuda, destaques da Rolex Ilhabela Sailing Week, têm sede em Ilhabela. O segundo é comandado pelo secretário-geral da classe, Humberto Diniz. O velejador estima que até o final de 2014, 20 monotipos estarão competindo juntos. "Só aqui na Ilha já temos seis barcos e nos próximos meses virão mais dois. O custo atual é de cerca de 350 mil reais, um terço do valor de outros barcos de oceano, e deve baixar ainda mais. A manutenção pode ser feita com um quinto do que se gastaria com um veleiro maior e bastam seis tripulantes para velejar". 

Na noite do sábado, as tripulações vencedores das sete classes receberam seus troféus na sede da Yacht Club de Ilhabela. Esta edição fez uma homenagem ao veleiro Saga, primeiro e único barco brasileiro a vencer a Fastnet Race, considerada a mais clássica das regatas oceânicas, em 1973.

Premiação Especial

Sul-Americano da Classe ORC A
1º - V8 Nitro (Paulo Treu)

Sul-Americano da Classe ORC B
1º - Bachajo (ARG - Alejandro Menendez)

Campeonato Brasileiro da Classe C30 
1º - Loyal (Marcelo Massa)

Principal evento náutico esportivo da América Latina, a Rolex Ilhabela Sailing Week teve patrocínio titular da Rolex e patrocínios da Mitsubishi Motors e Bradesco Private. O evento teve apoio da Marinha do Brasil, Prefeitura Municipal de Ilhabela, Confederação Brasileira de Vela (CBVela), ABVO e das Classes ORC, HPE, C30, S40 e RGS, entre outros. A organização, sede e realização foram do Yacht Club de Ilhabela (YCI).

fonte: ZDL de Comunicação



40ª edição da Rolex Ilhabela Sailing Week define seus campeões‏

Maior evento náutico da América Latina contou com a participação de 134 barcos no Yacht Club de Ilhabela

(no final da matéria, veja fotos e os resultados finais)

foto: Rolex | Carlo Borlenghi
A Rolex Ilhabela Sailing Week definiu, neste sábado (13), todos os campeões da 40ª edição do maior evento de vela oceânica da América Latina, com destaque para o Loyal, na C30, e o Kiron III, na ORC Geral. A tradicional semana contou com a participação de 134 barcos e velejadores do Brasil e de países como Argentina, Áustria, Estados Unidos, Porto Rico, Reino Unido e Uruguai. No último dia de provas, os ventos, sempre de fraca intensidade, demoraram para entrar na raia e as regatas se tornaram ainda mais técnicas, exigindo muita perícia das tripulações em busca de qualquer rajada que pudesse dar velocidade aos barcos. 

Na promissora classe C30, o Loyal conquistou o bicampeonato com uma campanha exemplar: seis vitórias em nove regatas. Com apenas 11 pontos perdidos, o barco do comandante Marcelo Massa, ficou à frente do Katana/Energia (18 pontos) e do Caballo Loco (26), os três com direito ao pódio. O Loyal foi para a última batalha como amplo favorito ao título. Precisava de apenas um sétimo lugar em duas provas previstas. A Comissão de Regatas optou por cancelar a segunda devido à falta de vento. 

Na única disputa do dia, chegou na segunda colocação, atrás do Katana, e a tripulação pode comemorar a segunda conquista consecutiva em Ilhabela. "Temos de atribuir o título ao empenho de toda a tripulação, que está de parabéns. Treinamos o ano todo e na hora de competir soubemos velejar em todas as condições de vento. Essa regularidade mostra que os treinos deram resultado", avaliou André Fonseca, o Bochecha, tático do Loyal e velejador olímpico. 

Apesar do rendimento do barco campeão, o comandante Massa demonstra a necessidade de manter a tripulação afinada porque os adversários estão evoluindo. "As regatas de veleiros iguais, como os C30, proporcionam equilíbrio. Tivemos muito trabalho para vencer o Caballo Loco. A tripulação de Ubatuba mostra que está mais bem preparado a cada competição". 

A formatura dos catarinenses - Persistência, talento e amizade a bordo marcaram a conquista do Kiron III, do comandante Leonardo Guillermo Cal, na classe ORC Geral. A equipe do Iate Clube de Santa Catarina participa da Rolex Ilhabela Sailing Week desde 2007 e a edição 2013 coroou o trabalho dos velejadores, que tem o campeão pan-americano e mundial Matheus Dellagnelo como tático e timoneiro. O resultado coloca a equipe no hall dos grandes campeões da Semana de Vela. 

Os vencedores consideraram a vitória uma formatura a bordo. "Como médico, eu precisei de seis anos para pegar o diploma. Na vela, encaro a conquista em Ilhabela como um momento histórico para toda a equipe. Uma formatura no mar. A amizade entre os tripulantes nos levou ao título, pois quando chegamos aqui há sete anos ninguém sabia velejar direito e hoje somos campeões", enalteceu emocionado o cardiologista uruguaio Leonardo Guillermo Cal. O relógio Rolex, prêmio concedido aos comandantes campeões, ele promete não tirar do pulso. "Foi a maior vitória da carreira".

Leonardo Guillermo Cal completou: "A Rolex Ilhabela Sailing Week desse ano foi uma lição de vida. No primeiro dia, sem vento, a paciência deu o tom. Fomos aprovados nessas condições. Na sequência, a segunda regata foi disputada com muito vento e ondas grandes. Entrou a coragem. No fim, com a liderança, a tripulação do Kiron teve sabedoria e Inteligência para não colocar tudo a perder".

Os alunos do professor Leonardo Guillermo Cal passaram por escolas de Optimist em Santa Catarina. O maior talento é Matheus Dellagnelo. Com o ouro nos Jogos Pan-Americanos e no Mundial de Sunfish, além da campanha para 2016 na Laser, o atleta acumula experiência e talento para ser o tático do Kiron, uma das funções mais importantes dentro de um barco. A estratégia dele deu certo e a equipe venceu quatro das nove regatas disputadas. "Chegamos em Ilhabela sem saber como o barco se comportaria em todas as condições de vento. Mas o veleiro correspondeu, principalmente no vento forte. Erramos apenas uma manobra em todos as regatas do campeonato, provando que o entrosamento foi determinante".

Na classificação final da ORC Geral, o Kiron venceu com nove pontos de vantagem sobre o Angela Star, de Peter Siemens. A competição contou com 28 barcos. A equipe catarinense, que mede em ORC 650, também foi campeã nessa subdivisão. Na ORC 700, o primeiro colocado foi o Rocket Power, de Luiz Augusto Lopes.

Campeões da RGS, a maior flotilha - Na RGS, classe com a maior flotilha da Rolex Ilhabela Sailing Week, os campeões foram conhecidos no último dia de regatas. Na "A", o melhor foi o Quiricomba, barco tripulado por aspirantes da Marina do Brasil. O barco da Escola Naval superou o Jazz, de Valéria Ravani na última prova e os jovens oficiais puderam colocar mais esse título no currículo. "É uma tripulação talentosa e que tem a linguagem náutica no sangue. O time passa por uma renovação e o título nos dará ainda mais moral", comemorou o jovem comandante Arytan Silva. "Nossa tripulação é destaque da semana. Ganhamos as regatas dentro da água e as meninas de Ilhabela nas competições fora do mar".

Na RGS B, o Mandinga, de Jonas Penteado, venceu o campeonato, assim como o Rainha/Empresta Capital, de Leonardo Pacheco, na "C". O Jambock, de Marco Aleixo, levou a melhor na Cruiser. Na IRC, classe que fez sua estreia na Rolex Ilhabela Sailing Week, O Rudá, de Guilherme Hernandez, mesclou tripulantes caribenhos e brasileiros. A mistura resultou em título.

Ginga vence regata final, mesmo com título antecipado da HPE - A tripulação do Ginga, comandada por José Vicente, fechou com chave de ouro a HPE ao cruzar a linha na primeira colocação. na última regata do campeonato. A equipe, por ter vencido a Rolex Ilhabela Sailing Week com um dia de antecedência, nem precisava ir para a raia. A vantagem para o vice-campeão, Fit to Fly, de Eduardo Mangabeira, foi de 18 pontos, com seis vitórias em 10 regatas. 

A classe HPE mostrou força com 25 barcos na raia. Praticamente todas as equipes contaram pelo menos com um atleta profissional ou tripulante com experiência em regatas internacionais. Um dos exemplos é o segundo colocado Fit to Fly com o especialista em match race e integrante da nova geração da vela, Henrique Haddad, o "Gigante". Outro destaque foi o Relaxa Next/Caixa, de Roberto Mangabeira, quinto colocado com dois campeões mundiais e pan-americanos a bordo: Maurício Santa Cruz e Alexandre Saldanha. "A classe HPE tem muitos barcos, teoricamente iguais, atraindo os velejadores que não gostam de competir com a regra de tempo corrigido. Além disso, com vento, o monotipo é muito gostoso de se velejar graças ao balão assimétrico. Mas quando não tem vento fica difícil", analisou Alexandre ‘Spanto’ Saldanha. 

Mesmo as tripulações que não contavam com velejadores consagrados tiveram a chance de brigar de igual para igual com os chamados profissionais. "Conseguimos ser a melhor equipe amadora na disputa e o resultado deve ser comemorado. Velejar no meio de tanta gente boa e às vezes chegar na frente deles é gratificante", disse Fernando Haaland, que levou seu barco Repeteco ao sexto lugar na classificação geral da classe HPE. O velejador é presidente nacional da classe.

Fuchs à frente de Lars - Com os campeões antecipados Robert Scheidt e Bruno Prada fora da raia, a disputa do vice-campeonato monopolizou as atenções do sábado na classe Star. Marcelo Fuchs e Ronald Seifert venceram a última regata e asseguraram a medalha de prata. A dupla Lars Grael/Samuel Gonçalves chegou em segundo para complementar o pódio. Encerrada a Rolex Ilhabela Sailing Week, Lars e Samuel seguem treinando para o Mundial de Star, entre os 1º e 8 de setembro em San Diego, na Califórnia. Os tricampeões mundiais, Scheidt e Prada, projetam reatar a dupla para o Mundial de 2014, no Lago de Garda, "quintal de casa" em relação à atual residência de Scheidt, na Itália. 

A classe S40 também já estava definida desde a sexta-feira, com o título para o Crioula, comandado por Eduardo Plass, que foi para a raia e confirmou sua oitava vitória na competição, à frente do vice-campeão Carioca, de Roberto Martins. 

Principal evento náutico esportivo da América Latina, a Rolex Ilhabela Sailing Week teve patrocínio titular da Rolex e patrocínios da Mitsubishi Motors e Bradesco Private. O evento teve apoio da Marinha do Brasil, Prefeitura Municipal de Ilhabela, Confederação Brasileira de Vela (CBVela), ABVO e das Classes ORC, HPE, C30, S40 e RGS, entre outros. A organização, sede e realização foram do Yacht Club de Ilhabela (YCI).

Fonte: ZDL de Comunicação




Boutique Boat Show Guarujá




Classes Star, HPE e S40 têm campeões antecipados na Rolex Ilhabela Sailing Week‏

Robert Scheidt e Bruno Prada comemoram título inédito no reencontro da dupla após os Jogos Olímpicos de Londres


Largada ORC - foto Rolex | Carlo Borlenghi
A Rolex Ilhabela Sailing Week conheceu, nesta sexta-feira (12), no Yacht Club de Ilhabela (YCI), seus primeiros campeões da edição 2013. Alguns dos barcos considerados favoritos conseguiram manter a regularidade exigida por condições variadas de mar e vento para assegurar com um dia de antecedência o título. Na classe S40, o Crioula, do tático Samuel Albrecht, foi campeão com sete vitórias em oito regatas disputadas. Na HPE, o Ginga, de José Vicente, superou os outros 24 barcos da categoria a duas regatas do fim do campeonato. Enquanto na estreante Star, os tricampeões mundiais Robert Scheidt e Bruno Prada puderam trazer a Ilhabela o talento que os levou a tantas vitórias internacionais, para uma comemoração inédita. Na C30, o Loyal, de Marcelo Massa, está quase com a mão na taça. Precisa apenas de um sétimo lugar numa das duas últimas provas.

Nesta sexta-feira, com ventos fracos, na direção nordeste e intensidade média de 6 nós (10 km/h), a Comissão de Regatas realizou duas provas barla-sota, num percurso entre duas boias, ao norte de Ilhabela. A temperatura esteve sempre acima dos 20 graus, chegando a 25 no meio da regata. Os barcos voltam às disputas neste sábado (13), ao meio-dia, para a definição das classes C30, ORC, RGS e IRC.

Crioula - foto Rolex | Carlo Borlenghi
Título vai para Porto Alegre na S40 - Depois de bater na trave no ano passado, o Crioula, barco do Veleiros do Sul (RS), ficou com o título da Rolex Ilhabela Sailing Week na S40, a classe dos barcos mais rápidos do evento internacional. Nas oito regatas, os gaúchos não deram oportunidade aos adversários, principalmente para o Carioca, de R
oberto Martins. A sete vitórias foram consequência de largadas perfeitas, entrosamento e talento. "A dedicação e a habilidade dos tripulantes foram fundamentais para essa conquista. Velejamos em alto nível e em condições de vento e mar diferentes", explicou Samuel Albrecht, atleta olímpico e tático do Crioula.

Na raia de S40 da Rolex Ilhabela Sailing Week, quatro barcos tentaram fazer frente aos gaúchos, inclusive o Magia V/Energisa, de Torben Grael, que acabou abandonando o campeonato devido à quebra do mastro. O clube Veleiros do Sul emprestou um barco aos argentinos, o Super Matanga. O clube gaúcho é apontado como um dos mais fortes do continente e um dos principais celeiros de campeões da modalidade no País. A bordo do Crioula, atletas que tentam vaga no Rio/2016, como o próprio Samuel Albrecht, Geison Mendes e Gustavo Thiesen, ajudaram o barco a ser campeão. "Depois da Rolex Ilhabela Sailing Week vou dar atenção à campanha olímpica para os Jogos de 2016. Decidi mudar de classe. Agora estou na Nacra, pois tenho o objetivo de fazer uma temporada como timoneiro em um monotipo do calendário olímpico", completou Samuel Albrecht, que fazia dupla com Fábio Pillar na classe 470. 

Classe S40 - resultados após 8 regatas e 1 descarte 
1º - Crioula (Clube Veleiros do Sul) - 7pp (1+1+[2]+1+1+1+1+1)
2º - Carioca 25 (Roberto Martins) - 13pp (2+3+1+2+2+2+2+2)
3º - Vesper 4 (João Marcos Mendes) - 24pp (4+5+4+3+3+[4]+3+3)


Ginga - foto Edu Grigaitis

Show do Ginga - Mesmo sem seu principal tripulante, Breno Chvaicer, que se recupera de contusão, a tripulação do Ginga foi campeã por antecipação na HPE, comprovando o favoritismo. Foram cinco vitórias em nove regatas, numa das flotilhas mais equilibradas dos últimos tempos na vela oceânica. Os números da súmula mostram ainda que o quarteto de Ilhabela tem 14 pontos perdidos, 16 a menos do que o vice-líder, o Fit to Fly, de Eduardo Mangabeira.

A primeira explicação para o sucesso, segundo o regulador de velas Juan de La Fuente, é a insistência nos treinamentos. "Cada manobra, como trocas de bordo, içar velas, escolhas das melhores rajadas e contornos de boia são treinados intensamente por nossa tripulação. Simulamos situações de regatas em treinos durante a semana na mesma raia da Rolex Ilhabela Sailing Week". Nas regatas desta sexta-feira, o Ginga não tomou conhecimento dos adversários e contornou a última boia de vento em popa nas duas provas, com larga vantagem na linha de chegada.

Classe HPE - resultados após 9 regatas e 1 descarte 
1º - Ginga (José Vicente Monteiro) - 14 pp ([4]+1+1+3+3+3+1+1+1) 
2º - FIt To Fly (Eduardo Mangabeira) - 30pp (2+[8]+5+7+5+1+5+2+3)
3º - Bond Girl Jimny (Carlos Wanderley) - 25pp ([13]+2+2+5+6+7+3+4+5)

Os 24 adversários do Ginga tentaram se equiparar em velocidade, mas o desempenho da equipe foi digno da medalha de ouro. "Não é só entrosamento que justifica o sucesso do Ginga. Há outras equipes bem treinadas, mas o segredo deles é ter achado a velocidade certa do barco na reta (vento em popa), fruto de muito talento dos tripulantes. Vamos tentar achar essa velocidade também no popa", ressaltou Marcelo Bellotti, que comanda o SER Glass Eternity no evento em Ilhabela. "A classe HPE é a maior de monotipo do Brasil. São 25 barcos na competição, mais de 100 pessoas velejando, é difícil reunir tanta gente boa junta. Além disso, o barco é rápido e bom de velejar. Quem é competitivo vai sempre escolher a categoria".

Prada e Scheidt - foto Aline Bassi
Robert Scheidt e Bruno Prada brilham em Ilhabela - Os medalhistas olímpicos viveram uma semana inédita em Ilhabela e aproveitaram para matar as saudades das vitórias na Star, de velejarem juntos e da raia de Ilhabela, onde praticamente aprenderam a velejar. A classe olímpica, em comemoração aos 40 anos do evento, foi incluída no programa pela primeira vez para coroar a dupla tricampeã mundial. Scheidt e Prada não deram chance de reação aos adversários, com a incontestável campanha de oito vitórias em nove regatas disputadas e vantagem de 14 pontos sobre o adversário mais próximo. Com um descarte, a dupla soma 8 pontos perdidos. 

Classe Star - resultados após 9 regatas e 1 descarte 
1º - Robert Scheidt/Bruno Prada - 8pp ([5]+1+1+1+1+1+1+1+1)
2º - Marcelo Fuchs/Ronald Seifert - 22pp (4+3+2+4+2+2+3+[5]+2) 
3º - Lars Grael/Samuel Gonçalves - 24pp ([7]2+3+3+4+3+2+4+3)

"Foi uma semana maravilhosa, exceção à regata de abertura, na qual não conseguimos velejar muito bem com vento fraco. A partir do segundo dia as condições melhoraram e conseguimos dar velocidade ao barco. O mais importante foi reativar a dupla. Independentemente de a Star retornar ao programa olímpico, queremos correr pelo menos uma ou duas competições da classe por ano", comentou Scheidt, eufórico, após a inédita conquista. 

Na raia, prevaleceu o entrosamento da dupla olímpica e o conhecimento da raia, considerada o quintal de casa para os dois velejadores. "Estamos mais bem treinados e conhecemos o regime de ventos. Isso fez com que errássemos pouco. Agora é descansar e aguardar a decisão da ISAF (Federação Internacional de Vela) sobre o futuro da Star", relatou Scheidt que segue competindo de Laser até que a definição sobre os Jogos do Rio/2016 seja anunciada. 

A disputa pelo vice-campeonato será intensa neste sábado, dia da décima e última prova do programa da Rolex Ilhabela Sailing Week para a classe Star. A dupla Marcelo Fuchs/Ronald Seifert tem apenas dois pontos perdidos a menos do que Lars Grael/Samuel Gonçalves: 22 a 24. A dupla Dino Pascolatto/ , com 28 pontos também pode chegar ao pódio. "Marcar o Lars será fundamental. Não podemos deixar que nenhum barco se posicione entre os nossos dois. Sei que o Lars prefere o vento fraco, o que deve ocorrer, mas para nós é melhor que esteja mais forte", projeta o proeiro Seifert. 

O também medalhista olímpico, Lars Grael, afirmou que vai velejar da melhor forma que puder, sem se preocupar com a posição de Fuchs e Seifert. "É um privilégio correr em Ilhabela no nível internacional que a inclusão da Star na Rolex Ilhabela Sailing Week nos proporcionou. Scheidt e Prada são tricampeões mundiais e justificaram essa condição aqui na Ilha", reconheceu Lars, parabenizando a dupla campeã. 

Resultados:

Katana e Loyal
foto Rolex | Carlo Borlenghi
Classe C30 - resultados após 8 regatas e 1 descarte 
1º - Loyal (Marcelo Massa) - 9pp (1+1+1+1+1+1+3+[3])
2º - Katana/Energia (Mauro Dottori) - 17pp (3+3+[7]+4+2+3+1+1) 
3º - Caballo Loco (Mauro Dottori) - 22pp ([6]+2+3+3+3+4+5+2) 







Kiron - foto Aline Bassi
Classe ORC - Geral - resultados após 8 regatas e 1 descarte 
1º - Kiron (Leonardo Guilhermo) - 10pp (1+1+1+2+2+[2]+1+2)
2º - Angela VI (Peter Dirk) - 20pp ([29]+2+3+1+9+1+3+1)
3º - Absoluto (Renato Gama) - 37pp (14+5+4+9+3+5+8+3)






Rocket Power - foto Aline Bassi
Classe ORC 700 - resultados após 8 regatas e 1 descarte 
1º - Rocket Power (Luiz Augusto Lopes) - 10pp 
([5]+2+1+2+1+2+1+1)
2º - Prozak (Marcio Finamore) - 14pp (2+1+2+3+2+1+3+[5])
3º - Colin (Sebastian Menendez) - 21pp (1+5+[5]+4+3+4+2+2)





Angela Star - foto Edu Grigaitis
Classe IRC - resultados após 8 regatas e 1 descarte
1º - Angela Star (Peter Siemsen) - 20,5pp
 ([20]+1,5+2+1+8+3+4+1)
2º - Tangaroa (James Bellini) - 21pp (1+4+[7]+3+1+5+2+5)
3º - Ruda (Guilherme Hernandez) - 22,5pp ([7]+1,5+1+4+2+1+7+6)





Quiricomba - foto Aline Bassi
Classe RGS categoria A - resultados após 8 regatas e 1 descarte 
1º - Quiricomba (Gremio de Vela da Escola Naval) - 11pp
 (2+[6]+2+1+1+2+2+1)
2º - Jazz (Valeria Ravani) - 14pp (3+2+4+2+2+1+1+3)
3º - Inae Transbrasa (Bayard Umbuzeiro) - 24,5pp 
([5]+1+3+4+3+3,5+9+5)



Revanche - foto Aline Bassi
Classe RGS categoria B - resultados após 8 regatas e 1 descarte 
1º - Albatroz (Gremio de Vela Escola Naval) - 22pp
 ([8]+5+6+4+4+1+1+1)
2º - Revanche (Celso de Faria) - 25pp (3+2+3+6+3+2+[7]+6)
3º - Mandinga (Jonas Penteado) - 27pp (1+1+2+1+1+3+18+[18]) 




Classe RGS categoria C - resultados após 8 regatas e 1 descarte 
1º - Rainha/Empresta Capital (Leonardo Pacheco) - 6pp (2+1+2+1+1+1+1+[9])
2º - Santeria (Mauricio Martins) - 19pp ([15]+12+4+2+1+2)
3º - Azulao (Marcello Polonio) - 21pp (1+3+3+[4]+3+4+4+3)


Jambock - foto Edu Grigaitis
Classe RGS categoria Cruiser - resultados após 8 regatas e 1 descarte 
1º - Jambock (Marco Aleixo) - 8pp ([10]+1+1+1+1+1+1+2) 
2º - Cocoon (Luiz Caggiano) - 20pp ([10]+2+2+3+4+5+3+1)
3º - Boccaluppo (Claudio Melaragno) - 24pp
(2+[10]+4+2+2+2+2+10)




Programação da 40ª edição da Rolex Ilhabela Sailing Week

13/7 - sábado: 
- 12h - Regatas Barla-Sota
- 17h - Confraternização no Yacht Club de Ilhabela
- 19h - Premiação da Rolex Ilhabela Sailing Week

Principal evento náutico esportivo da América Latina, a Rolex Ilhabela Sailing Week tem patrocínio titular da Rolex e patrocínios da Mitsubishi Motors e Bradesco Private. O evento tem apoio da Marinha do Brasil, Prefeitura Municipal de Ilhabela, Confederação Brasileira de Vela (CBVela), ABVO e das Classes ORC, HPE, C30, S40 e RGS, entre outros. A organização, sede e realização são do Yacht Club de Ilhabela (YCI).

Fonte: ZDL de Comunicação



A história dos 40 anos da maior regata de oceano da América Latina, contada pelos seus protagonistas

Evolução nestes 40 anos é referência para a vela e conduz o evento ao prestigiado circuito mundial Rolex


A evolução da vela oceânica no Brasil passa obrigatoriamente pelo Yacht Club de Ilhabela (YCI) e seus pioneiros associados, que não imaginavam a dimensão que uma disputa de monotipos e um passatempo a bordo entre Santos e Ilhabela, antes mesmo dos anos 70, viria tomar até adquirir o prestígio necessário para se tornar a maior competição da América Latina e se consagrar definitivamente como Rolex Ilhabela Sailing Week e chegar à 40a. edição em 2013. 

O YCI não passava de uma garagem à beira mar para abrigar apenas algumas embarcações. A maioria, pequenas lanchas. "Por volta de 1970 comprei em Santos, o Galeão, um veleiro com casco de madeira e velas de algodão e trouxe-o para a Ilha. Até aquele momento só existiam o Brisa e o Moleza em Ilhabela. Passamos a sair juntos para velejar". Com o "pega-pega" entre os veleiros, começava a se formar, para o empresário e velejador Nelson Bastos, a primeira ideia de uma competição à vela no litoral norte de São Paulo. 

Nelson Bastos - foto Aline Bassi
Balaio de Ideias
A vontade de velejar com mais eficiência levou Nelson a trocar de barco. Comprou o Toya, modelo Ranger 23, seu primeiro veleiro construído em fibra e com velas sintéticas. "No Carnaval de 1973, juntamos meia dúzia de barcos em Santos para velejarmos até Ilhabela. Não tinha rating nem nada. Era mais uma brincadeira". Também vieram à Ilhabela o Áries, comandado por João Zarif, o Rajada, do Mario Franco e o Fuga, do Luigi Frankhental. 

A inspiração para os precursores do YCI criarem uma disputa que viria a compor a própria história do charmoso clube, veio também das primeiras competições de monotipo organizadas no litoral norte pelo Grêmio de Vela de Ilhabela (GVI), em parceria com a Federação de Vela do Estado de São Paulo (Fevesp). Na época, o YCI tinha suas atividades voltadas para a pesca oceânica. 

Carlos Eduardo Campos Maia
foto Edu Grigaitis | Balaio de Ideias
A dedicação dos "velejadores de fim de semana" na década de 70, conduzia o esporte para um rumo promissor. Carlos Eduardo Maia, também empresário e sucessor de Nelson Bastos como capitão de vela do YCI, teve a visão de aproveitar as regatas como instrumento de integração entre os velejadores e a população de Ilhabela. "Não queríamos um evento restrito aos associados. Era preciso levar a movimentação para fora do clube e envolver a comunidade. Mostrar aos caiçaras o que é a vela para que a cidade fosse beneficiada pelas atividades náuticas", enfatiza Maia. 

A Origem - Em 1969, a habitual seca de meio de ano na Represa de Guarapiranga motivou alguns associados a levarem seus monotipos para Ilhabela. A iniciativa partiu de dirigentes do Yacht Club de Santo Amaro (YCSA) e de outros clubes à margem da represa, como Carlos Cyrillo, Mario Volkoff, Geraldo Junqueira e Oscar Wekerle e contou com o apoio da Prefeitua de Ilhabela. A competição foi um sucesso apesar das dificuldades na logística, mas a próxima disputa só ocorreria quatro anos mais tarde. A família Biekarck trouxe da Represa de Guarapiranga cerca de 15 veleiros da classe Optimist, além de acessórios necessários e cedeu todo o material aos meninos caiçaras de Ilhabela. Curiosos com a novidade, puderam também velejar e adquirir o gosto pelo esporte. 

No final de 1972 chegaram ao Brasil os primeiros barcos de Optimist e uma pequena flotilha se formou na Guarapiranga. O objetivo era treinar para o Sul-Americano da classe em Buenos Aires, no ano seguinte. No mês de julho, os pais decidiram que seria mais produtivo se os jovens velejadores treinassem no oceano e levaram os meninos para Ilhabela. Como ficaram apenas observando fora da água, combinaram de trazer seus próprios monotipos no ano seguinte para também velejar, a exemplo das crianças, e não apenas passar vontade. Foram para a raia, veleiros das classes Snipe, Pinguim e Hobie Cat. Era realizada assim, em 1974, a simbólica 1ª Edição da Semana de Vela de Ilhabela, nome que viria a ser oficialmente adotado em 1981, na oitava edição do evento.

Na carona dos monotipos, na mesma época começaram a ser disputadas as Regatas Julinas, uma confraternização de velejadores de oceano acostumados às férias dos meses de julho em Ilhabela com suas famílias. "Em 1981 as regatas de oceano passaram a abrir e fechar a Semana de Vela, até então restrita aos monotipos. A partir de 1983 optamos por organizar as duas classes em competições com datas distintas para que nenhuma corresse o risco de ficar esvaziada", relembra Carlos Eduardo Maia, que em 1977 disputou pela primeira vez a Regata Julina, com seu Zodiac IV, modelo Guanabara 23. 

Evolução - A década de 80 trouxe à Semana de Vela de Ilhabela um desenvolvimento marcante. A evolução pode ser constatada a cada ano. No ano 82 marcou a chegada das jurias especializadas. Árbitros internacionais como Nelson Ilha, Dionísio Sulzbeck, Pedro Paulo Petersen, Boris Ostergreen e Cláudio Ferraz garantiram a credibilidade da disputa. Passaram a ser utilizados aplicativos específicos para o gerenciamento das regatas e foram instituídos o tripulante mirim e a tripulação feminina com o objetivo de democratizar a competição. 

Nas duas primeiras edições, 1981 e 82, com 11 e 15 barcos respectivamente, a classe única, oceano, agrupava todos os inscritos. Em 1983, 19 veleiros foram divididos em duas classes: cruzeiro e regata. O ano marca o primeiro dos nove títulos de Eduardo Souza Ramos, o maior vencedor nos 40 anos de Rolex Ilhabela Sailing Week (1983/1984/1991/2002/2003/2004/2008/2010/2012). Souza Ramos correu com o Tiki, na classe Regata.. No ano seguinte, pela primeira vez foram adotadas regras específicas, com os 26 veleiros inscritos em duas classes: IOR e RHC. 

No final da década, outras experiências e inovações fundamentais vieram para reforçar o rumo na evolução do evento. A competição recebeu pela primeira vez na história o incentivo de um patrocinador, American Express. Torben Grael ganhou o Troféu North Sails, em 1985, a bordo do Saci. 

A competição passou a contar com o apoio da Marinha do Brasil, o que legitimou as regatas e assegurou aos velejadores a autorização para competir no Canal de São Sebastião, priorizando-se a segurança dos participantes conforme as regras de navegação adotadas até hoje. 

"A primeira regata de percurso, dentro do canal, em 1988 foi uma festa para turistas e população. Quem estava na orla, nos bares, praias e restaurantes parou para admirar e fotografar o espetáculo das velas. A Associação Comercial se envolveu com o evento e fizemos a chegada da regata no píer da Vila, anunciando em alto-falantes o nome do barco e da tripulação para todos os que cruzavam a linha de chegada" revive, emocionado, o capitão de vela, Maia, que se inspirou no modelo de chegada de uma regata que disputou no Havaí. 

A partir de 88, abertura oficial da Semana de Vela ganhou imponência, com direito a uma solenidade aberta ao público na praça da Vila. Discurso, banda de música, fogos de artifício e o hasteamento da bandeira brasileira tornaram-se parte integrante do evento. O Yacht Club de Ilhabela se equipava com telex, telefoto e uma estação meteorológica para facilitar o trabalho da mídia e oferecer subsídios aos velejadores. As regatas passaram a ser acompanhadas por uma Comissão de Protestos dentro da água para assegurar mais lisura às disputas. 

Eduardo Souza Ramos, o maior
vencedor, em 1988
No início da década de 90, o número de inscrições na Semana de Vela rompeu pela primeira vez o a casa de três algarismos, chegando à marca histórica de 104 barcos. O próximo salto centenário viria em 2009, estabelecendo o recorde de 205 veleiros inscritos. Hoje, por segurança e garantia de qualidade da competição existe um limite de participantes determinado pela Organização.

Os anos 90 marcaram também a profissionalização do evento com a chegada de importantes patrocinadores. Eduardo Souza Ramos não é o maior vencedor como um dos principais parceiros do evento. O primeiro incentivo veio com a SR Veículos, rede de concessionários da Ford, e se consolidou até esta edição com a marca Mitsubishi. Mais tarde veio o Bradesco e, a partir de 2007, a Rolex dá nome à competição, a exemplo do que acontece com as principais regatas de oceano do circuito mundial. 

A Regata Alcatrazes - Marinha do Brasil, idealizada pela Rádio Eldorado em 1996, foi incluída no programa de regatas da Semana de Vela a partir de 1999. Com 60 milhas náuticas (111 km), tornou-se a mais longa e exigente prova da competição. O recorde oficial pertence ao veleiro argentino Cusi 5, com o tempo de 6h12m29, em 2009. Porém, em 2005, o veleiro Brasil 1, comandado por Torben Grael, fez sua estreia no mar justamente nesta regata e marcou o recorde extra oficial de 6h00min18.

Descontração - O improviso, qualidade geralmente comum ao perfil dos velejadores, marcou momentos inesquecíveis nas participações do capitão Maia. "Até 1990, as tripulações dos barcos maiores retornavam da regata e deixavam o clube. Queríamos manter o clima de confraternização. Pensamos em oferecer algo que todos gostam e que não precisasse pagar. Optamos pela cerveja. Como não tínhamos onde gelar, improvisamos uma velha canoa de madeira abandonada para armazenarmos tudo dentro. Até hoje os velejadores aguardam ansiosos pelo momento da "canoa de cerveja", que transformou-se numa tradição em todo o Brasil. 

Em 1977, Maia também viveu uma situação inusitada durante a Regata Julina. Três tripulações queriam competir, mas não havia juiz e nem equipamento para se organizar a largada. "Chamamos o subgerente do YCI, o Agnaldo, e ensinamos na hora para ele quais eram os principais procedimentos. Faltava ainda um apito ou algo que pudesse emitir um sinal sonoro. Entregamos ao Agnaldo uma "Doze" (espingarda calibre 12), com cano cortado e o tiro de largada para os três barcos, Zodiac IV, Toya e Balli-Hai, foi ouvido em toda a Ilha. 

Os veleiros Fast surgem na raia - Em 1980, numa viagem de negócios à Inglaterra, Nelson Bastos viu num jornal de Londres o anúncio da venda de uma produtora de barcos. Foi ao estaleiro, comprou os moldes e os acessórios e enviou tudo para o Brasil. Instalou o material em um galpão na marginal do Rio Pinheiros, em São Paulo, e montou uma equipe de produção. Assim começavam a serem fabricados os famosos veleiros Fast 345, modelo de referência na vela oceânica por vários anos. 

"Minha ideia era de fazer barcos apenas para os amigos, mas o diretor da Revista Mar, Ernani Paciornik, publicou alguns anúncios e quando percebi havia 70 ou 80 encomendas. Lançamos também o Fast 410 e o veleiro de 50 pés", recorda Nelson Bastos que já acumulava o cargo de "capitão de vela" do YCI. "Chegamos, inclusive, a ceder um Fast 23 para os irmãos Torben e Lars Grael correrem em Ilhabela. 

O entusiasta velejador considera que a preocupação com a divulgação e a qualidade do evento foi decisiva para atrair novas tripulações. "Ainda não tínhamos muita gente nas regatas, mas nos preocupávamos em oferecer a melhor organização possível. Fazíamos pesquisa para sabermos como melhorar no ano seguinte" revela Nelson que entregava um questionário a cada velejador para avaliar o nível de satisfação. "Logo vieram os cariocas, os argentinos, e os tripulantes de outras regiões. A divulgação da Rádio Eldorado também contribuiu muito para consolidar o evento". 

Tensão a bordo - Antes de se adotar os procedimentos que regem o evento até hoje, Nelson Bastos viveu um momento de pura adrenalina no extremo norte de Ilhabela. "Em 1985 eu estava no Revanche e perdemos o mastro numa rajada de sudeste com mais de 50 nós (quase 100 km/h), em meio à chegada de uma tempestade. A tripulação era experiente, sabia o que fazer e por isso não aceitamos reboque. Foi muito tenso e demoramos umas quatro horas para resgatar o equipamento, o mastro e tudo que caiu no mar". 

Quando conseguiu pisar novamente no píer do YCI, já era madrugada. Nelson foi recepcionado por um sargento da Marinha ávido em querer saber por que a tripulação não pediu e nem aceitou socorro. "O interrogatório foi extenso e tive de alegar que a antena do rádio de bordo também caíra no mar". 

Um clube especial - Modesto, Nelson Bastos faz questão de compartilhar com outros ex-diretores de Vela do YCI, a condução do processo que deu a largada para o atual formato da competição. O incansável velejador lembra de Raul Sulzbacher e de Carlos Eduardo Maia, outros dois pioneiros na vela oceânica em Ilhabela na década de 70. O filho de Raul, Marcos Sulzbacher, é o criador do primeiro logotipo da Semana de Vela, um desenho azul e amarelo de várias ondas e uma vela. 

Nelson Bastos velejou até 1998. Seu último veleiro foi o Força Maior. Em 2013 trouxe seu prestígio à 40ª Rolex Ilhabela Sailing Week como convidado especial da organização e pode relembrar o que faz do Yacht Club de Ilhabela um ponto de encontro único para a comunidade da vela. "Este lugar é espetacular. Tem clima agradável e condições ótimas para se velejar em pleno o inverno. Você vê todo mundo se divertindo com alegria. Enquanto velejadores fantásticos como Torben e Robert correm para ganhar, outros vêm competir para depois tomar cerveja. Aqui todos têm a mesma importância. Isso é Ilhabela!", resume com um carinho especial nas palavras o velho-lobo da vela oceânica brasileira.

Programação da 40ª edição da Rolex Ilhabela Sailing Week

13/7 - sábado: 
- 12h - Regatas Barla-Sota
- 17h - Confraternização no Yacht Club de Ilhabela
- 19h - Premiação da Rolex Ilhabela Sailing Week

Principal evento náutico esportivo da América Latina, a Rolex Ilhabela Sailing Week tem patrocínio titular da Rolex e patrocínios da Mitsubishi Motors e Bradesco Private. O evento tem apoio da Marinha do Brasil, Prefeitura Municipal de Ilhabela, Confederação Brasileira de Vela (CBVela), ABVO e das Classes ORC, HPE, C30, S40 e RGS, entre outros. A organização, sede e realização são do Yacht Club de Ilhabela (YCI).


Fonte: ZDL de Comunicação
Foto: YCI Divulgação | Aline Bassi e Edu Grigaitis – Balaio de Ideias